segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Voltar ou o ponto de partida para um novo começo.

Volto à escrita. Mas desta vez já não sou o que era. Sou apenas eu. Depois do rebentamento da grande bolha ilusória e especulativa volto recriada pelas repercussões da vida real. È dura a realidade. Mas a mesma dureza que parte os ossos permite sustentar os mais monumentais e perenes castelos. A grande obra assenta fundações na laje sólida. É preferível a dura realidade à etérea ilusão. E no entanto por vezes somos crianças a ter que optar entre um diamante em bruto ou uma nuvem de algodão doce. Não hesitamos. (…) Como quem se tenha afastado para colar todos os fragmentos de si mesma e volte renovada. Escrevo para mim finalmente, francamente. Sem pretensões. Sem farsas. Sem ilusões. Sem máscaras ou exibicionismos. Sem teatralidade. Escrevo dramaticamente nua. Escrevo para me aquecer. Escrevo simplesmente. Finalmente! Penso cada vez mais que a escrita é um acto solitário e individualista. Escrevo para me completar. Escrevo para mim. Quem quiser que espreite. Que bom que é voltar. Ao princípio, ao começo. Ao re-começo!